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Uma carta de 07/08/2025

7 de agosto de 2025 7 de agosto de 2026
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530 palavras

Meu querido eu do futuro escrever cartas para o meu futuro tem sido uma experiência bastante interessante. Observar os movimentos que a vida pode fazer é algo que me instiga bastante, enxergar a falta movimentando o desejo dá mais vontade de persegui-lá, ou melhor, dá um contorno que seja mais interessante.

Reconhecer o que se deseja é transformador, mesmo que no caminho a gente se esbarra, tropeça, cai. Quando vamos conseguindo contornar as angústias do desejo a vida vai tomando uma forma mais autêntica e mais real.

Na carta passada ainda estava no MCTI, nem passava pela minha cabeça que estaria no IBAMA e numa coordenação de hidrelétrica (risos nervosos), ainda estava também ansiosa com o fim da faculdade, da pesquisa e da minha situação com o Léo. Bom....

Estamos num emprego melhor, com plano de saúde, mesmo depois do caos na diplan, consegui uma chefe queridíssima e está até me fazendo muito bem, mesmo não sendo na minha área. Tenho achado mais tranquilo até mesmo pra estudar, aqui tem academia, é mais perto da minha casa. Acho que foi uma mudança interessante, apesar de muito dolorida.

A faculdade acabou, terminei a pesquisa e estou à espera do CRP, ansiosa para começar a atender, estou num projeto para psicoterapia, mas não estou muito animada... vou dar uma chance para ver o que pode acontecer. De fato, vou pra psicanálise e e jaja começo a pós em psicanálise clínica! ANIMADA! Pretendo me arriscar em alguns concursos, pois sou fã de vínculo empregatício. São muitas as ansiedades, mas nada fora do normal.

Amanhã viajo pra SP, depois de 6 longos anos sem entrar num avião, tô muito feliz de poder ir ali rapidinho, AH, na carta passada o Thales ainda não tinha se mudado de estado! Tô morando só, mas jaja isso muda pois a Jullia vai morar comigo, espero que dê certo, mas acredito que vá!

Minha vida amorosa.... aaaa, minha próxima experiência amorosa sempre piora a cada uma. A da vez está sendo superar o Eduardo ( sim, o irmão do Léo). Até hoje não acredito que a gente ficou, tinha tudo para ser uma grande história de amor, só não contava com a realidade. Ainda penso muito nele, espero que daqui um ano esteja melhor, e essa experiência se torne menor dentro de mim. Eu realmente espero que o desejo do amor romântico, construído pela cultura ,dentro de mim, também diminua de tamanho, espero não esperar tanto dessa modalidade amorosa, quero me concentrar em outros amores, na minha carreira, nos meus sonhos e me empenhar em criar outros vínculos.

Desejo bancar essa atitude mais emancipada e não ficar mais réfem do amor romântico e tudo que ele traz consigo em suas camadas e complexidades.

Por aqui, sigo atravessando complexidades da autoimagem e saúde. Espero ter progredido um pouco mais por ai. 

Vai ser um ano marcante, são muitas as mudanças e adaptações que me esperam.

até já!


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