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Uma carta de 05/08/2025

5 de agosto de 2025 6 de agosto de 2025
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437 palavras

Ei, Bárbara…


Se você está lendo isso agora, é porque um ano passou. Um ano inteiro. E mesmo que eu não saiba o que aconteceu com você nesse meio tempo — se as coisas melhoraram, se a luta continuou dura ou se alguma colheita começou a brotar — eu quero que você pare por um momento, respire fundo… e receba este abraço.

Você sobreviveu.


E isso, por si só, já é motivo para se orgulhar. Eu sei o quanto tem sido difícil. Eu estou aqui agora, em agosto de 2025, no meio de muitos sonhos ainda não alcançados, com dores que não gosto de mostrar a ninguém. Ainda não passei em medicina. Ainda estou morando com a nossa mãe, e me sinto pequena diante da vida que eu imaginei que já teria construído. Mas estou aqui, resistindo. E sei que você também está.


Talvez agora você já esteja vivendo coisas que hoje eu só ouso sonhar. Talvez você tenha passado no vestibular, esteja morando sozinha, com um novo ritmo, novos desafios, novos recomeços. Talvez ainda não. Talvez esteja no mesmo lugar — e tudo bem. Porque o que mais importa é que você não desistiu de si

.

Quero te lembrar de algumas coisas, com carinho:

Você não é o que te falta.

Você não é o que ainda não conquistou.

Você é a soma de tudo o que enfrentou com coragem, com fé, com coração sincero.

Você é aquela que, mesmo com medo, continuou.

Que, mesmo no escuro, seguiu orando.

Que, mesmo sem respostas, confiou.

E isso é ser forte. Isso é ser mulher de Deus.


Se nesse momento você estiver vivendo um tempo bom, celebre com gratidão. Se ainda estiver difícil, lembre-se: há beleza nos processos. Gerar um testemunho dói, mas o que nasce da dor com propósito floresce com eternidade.

Você tem valor, mesmo quando duvida de si.

Você é amada, mesmo nos dias em que não consegue se amar.

Você é vista, mesmo quando parece invisível ao mundo.


E, principalmente, você não está sozinha.

Deus continua te sustentando.

Os céus continuam te vendo.

A promessa ainda está de pé.


Talvez ainda não tenha filhos. Talvez sim. Talvez ainda não tenha encontrado o amor da sua vida. Ou talvez esteja ao lado dele agora, lendo essa carta. Independente de como estiver, nunca esqueça que tudo tem seu tempo. E o seu tempo está vindo. Na verdade, ele está sendo construído dentro de você.


Com amor, ternura e fé,

Da Bárbara de 2025 — que acredita em você.

Agosto de 2025.

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